segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Um pouco de água para Luiz

Por volta do ano 1782, nascia um bebê em Portugal, deram-lhe o nome de Luiz. Em seus dias, com pouco tempo de idade, sua mãe, vendo seus olhos esmorecidos pelo horizonte febril da morte, neste estado avançado com o triste panorama, ao contemplá-lo, verificou que algo assombroso estava para acontecer. “Muito em breve, iria ficar sem sua preciosidade”. Que tristeza!... Que sentimentos!..., Ninguém poderia avaliar... Quantas vezes e cheio de ternura, pudera contemplar este montinho de carne suave e belo, aninhado em seus braços... Este tesouro tão querido, converteu-se na fonte de sua maior tristeza! Por instantes pensou... não vou banhar nenhuma criança depois de morta..., não me apraz, não tenho coragem! Ao certificar-se da terrível situação, fez uma tomada de posição: Pegou uma bacia, e foi lavar seu filho como se fôra a última vez, pois ele estava prestes a se despedir do mundo de então.

Naturalmente com seus olhos marejados em lágrimas, ora mordendo seus lábios, ora com um sorriso trêmulo, como qualquer mãe o faria, pega-o em seus braços, e pôde ver como tremia, este tão pequenino e indefeso. Poderiam passar em seus pensamentos...

— Quantas crianças já morreram..., por que meu filho vai embora tão cedo...? — Por que meu bebê mereceria isto? — Não poderia haver uma boa razão para que o Senhor fizesse uma exceção nesse caso?

Quando o menino estava sendo banhado, ao lhe passar a esponja embebida de água à sua boca, ele procurou ingerir as gotas do precioso liquido, com tanta avidez, que sua mãe deteve-se a pensar por instantes... O panorama em que pousavam os seus olhos, era animador e, de repente ao perceber num momento de “insight” o acontecimento, disse para si mesma:

— De sede não vai morrer! Pensou na maravilhosa bondade em conceder-lhe um pouco de água, em suas últimas expressões, a um ente tão amado. Entretanto, os últimos poucos minutos d’aquela horrível tristeza, escoavam na ampulheta do tempo; pois ao levar aquele copo d'água fria, seu filhinho a absorveu prazerosamente, o qual lhe motivou seu restabelecimento total.

O caso de Luiz, não obstante, foi diferente de tantas crianças que já partiram; a sua sorte foi mudada, sua estrutura pegou outra forma.

Veio ao Brasil, construiu famílias; de seus descendentes sairam: Vários advogados, médico, psicóloga, empresários, engenheiro, professores, biólogo etc... através de um de seus filhos, foi lançada uma semente na qual foi a resultante de vários templos evangélicos construídos. Ninguém saberia que através desta criança seria a elevação de muitos neste gigante país.

Luiz cresceu, ele amava a Deus de coração, seu propósito era servi-lo, procurava agradar-lhe pelas palavras e ações. Amigos..., — Um sorriso, um aperto de mão, uma palavra de simpatia, uma mensagem de amizade por e-mail, são sementes que germinam facilmente. Pode funcionar como: — Um copo de água fria para algum sedento. Uma simples palavra, muda situações. A palavra produz, pois a palavra é semente. Um amor tardio, é melhor do que o amor que não brota nunca! As vezes a semente pode ser pequenina, como a de um ladrão na cruz que, com alguma migalha de amor, pediu:— Uma lembrança apenas... — Um gesto carinhoso... — Uma gotinha de amizade... “E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino”. Lc 23:42 “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Lc 23:43

Pelo pouco que pediu, recebeu o muito que não ousara pedir. Bebeu da Maravilhosa Fonte que salta para a vida eterna... Continuem semeando... Com quanto entusiasmo havemos de recolher as sementes, e aguardar a transformação em lindas plantas sadias e robustas! Quem sabe alguém através de você, bebe as águas da “Preciosa Fonte” e, adquirindo assim, vida de eterna felicidade!

Quantos Luizes ou Luizas estão precisando de um pouco de água somente. Você pode dar um copo de água fria para alguém??? SELAH [selah significa: pense nisso]

Gostaria que os leitores desta mensagem, quando dela se lembrarem, dessem graças a Deus por esta mãe que deu ao seu filho um copo de água fria. Pois, queridos, se não houvesse o restabelecimento desta criança, muitas coisas ditas em cima, não existiriam, nem este escritor, nem tampouco esta mensagem: Pois, ele era meu avo.

Seu nome: Luiz Manoel da Fonseca.

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