Um das minhas metas de vida é ficar em brasa por Deus. Quando olho para os grandes heróis espirituais da Bíblia, vejo homens e mulheres que carregavam dentro de si um fogo santo — um fogo que produzia muito mais do que só pureza pessoal. Depois que os carvões em brasa lhes tocavam os lábios, as labaredas de fogo os conduziam a seguir a agenda radical de Deus.
Os profetas do Antigo Testamento conheciam esse fogo. Aliás, Jeremias disse que sentia como se as chamas de Deus estivessem presas em seus ossos (Jeremias 20:9). O Rei Davi disse que o zelo do Senhor o “consumia” (Salmo 69:9) — e esse versículo foi citado quando Jesus expulsou, com um chicote, os trocadores de dinheiro do Templo.
Esse fogo queimava no coração dos crentes que eram despedaçados pelos leões de César no primeiro século. Mais recentemente, heróis espirituais como Charles Finney, George Whitefield, John Wesley ou Catherine Booth tinham uma característica em comum: eles tinham um fervor em brasa pura. Cristãos mornos jamais mudaram o mundo.
Você pode achar que tal fervor pouco comum é uma emoção reservada somente aos missionários ou evangelistas de tempo integral. Mas o apóstolo Paulo nos conta que todos os cristãos precisam ter uma temperatura espiritual que chegue ao ponto de fervura. Em Romanos 12:11 ele nos manda ser “fervorosos no espírito”. A palavra grega para fervoroso é zeo, que significa “ferver como liquido quente ou incandescer como metal quente”.
Conheço o suficiente acerca da minha própria natureza pecadora — e acerca da história da igreja — para reconhecer que o fervor espiritual precisa ser reaceso regularmente. Movimentos que começam com intenso fervor evangelístico podem se tornar tão frios como gelo em apenas uma geração. O fogo em sua própria vida pode se apagar.
Você está em brasa por Deus? Ele quer que sua vida espiritual acumule algum calor. Mas é nossa responsabilidade aumentar as chamas. O reavivamento é uma escolha.
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