sexta-feira, 22 de abril de 2011

A crucificação de Jesus Parte V



Cruz: identificação com marginalizados e oprimidos.

Em Fil 2.7b encontramos a expressão: "forma de escravo". Ao assumir esta
forma Jesus se identifica com os miseráveis daquela época. Deixando a
posição de senhor (Kyrios) para ser escravo (doulos). A melhor tradução é
escravo e não servo, como se observa em algumas versões.A crucificação era
denominada dento do império romano, como servile supplicium, ou seja,
suplício infringido ao escravo. A crucificação foi o preço pago por Jesus ao
assumir a função de escravo, servidor da coletividade.
Jesus começa a palmilhar o caminho da cruz desde o seu nascimento, dando
atenção às pessoas que viviam à margem da sociedade, excluídas a exemplo
de Raabe. A maior parte do ministério de Jesus se deu na galiléia, uma região
desprezada, demonstrando seu amor aos rejeitados: "E Jesus tendo ouvido
isso, disse-lhes: os sãos não precisam de médicos, mas sim os que estão
doentes; eu não vim chamar justos, mas sim os pecadores", Mc 2.17.
O Senhor Jesus no caminho da cruz experimentou isolamento, perseguição,
incompreensão e difamação. Solidarizou-se com os fracos, marginalizados,
oprimidos, doentes, famintos, perdidos e pecadores, e o mais terrível:
experimenta a plena realidade do homem distante de Deus: "Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?" Mar. 15.34. Aquele que crê na sua morte e
ressurreição juntamente com Cristo, vai também passar pelo isolamento dos
amigos e parentes e sofrer incompreensão. Será difamado por sua fé, pois, ao
negar a si mesmo e tomar o caminho da cruz, dia a dia, terá somente no
Senhor o descanso durante a caminhada neste mundo.

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