sexta-feira, 22 de abril de 2011

A crucificação de Jesus Parte VII


A exaltação do filho.

Examinando a expressão: "por isso Deus o exaltou sobremaneira" (Fil 2. 9b)
vemos que o Pai toma a iniciativa de exaltar seu filho em face de sua completa
obediência e verdadeira humildade. Ao ressuscitar seu filho, Deus mostra que
viver pela verdade e justiça não é algo sem sentido, e que há uma chance ao
oprimido, através da morte e ressurreição de Jesus. Por ele toda a humanidade
pode ter acesso ao Pai. Ainda neste versículo temos a expressão: "e lhe deu
um nome que é sobre todo nome". Havia uma pratica antiga de se atribuir
nomes às pessoas que obtinham vitórias importantes ou que passavam por
grandes crises em suas vidas. Deus ao conceder a Jesus o seu próprio nome
(Iahweh= Kyrios, Senhor) concedeu-lhe igualmente, todo o seu poder e glória.
A seguir, (Fil. 2.10) lemos: "para que ao nome de Jesus", indicando assim o
senhorio de Cristo não só na igreja, mas, em todo o cosmos. Gnilka afirma:
"Deu-se uma mudança muito grande na soberania do cosmos. Aquele que fora
obediente agora é exaltado assumindo a posição de Senhor do mundo". Cabe
ressaltar que a expressão corporal de dobrar os joelhos perante alguém,
conforme vimos na continuação do versículo 10, é muito significativa no mundo
antigo, por simbolizar rendição total e submissão incontestável àquele perante
o qual se ajoelha. A expressão "nos céus, na terra e de baixo da terra", deixa
claro que a obra de Cristo é válida para toda criação, animada e inanimada.
Sintetizando estas considerações, o versículo 11 nos diz: "e toda língua
confesse que Jesus Cristo é o Senhor". A ação remidora de Cristo, operante
em escala universal, produzirá uma voluntária e espontânea profissão de fé.
Pronunciar as palavras de filipenses significa expressar nossa libertação
recebida pela graça. Por ela somos capacitados a viver no mundo que está
sendo criado, do qual Cristo é o "Rei dos Reis e Senhor dos Senhores" Ap
19.16. Ao final do versículo 11 lê-se "para a glória de Deus Pai". O culto
prestado a Jesus tinha como fim ultimo, a adoração a Deus Pai. A soberania de
Cristo não compete com a do Pai. Esta afirmação é relevante no contexto de
Filipos, onde algumas pessoas buscavam a glória e a exaltação (Fp 2.3-4).

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